A moto elétrica que vai desafiar a maior prova de rali do mundo tem nome: Tacita Discanto. Vamos conhecer um pouco mais da moto e como deverá enfrentar o desafio chamado Dakar 2024.
Algo que até pouco tempo atrás parecia impensável: colocar moto elétrica em uma prova de rali. E não vai ser qualquer rali, vai ser no Dakar. Simplesmente o maior rali do mundo e até onde se sabe, o mais desafiador. A grande ironia, fica por conta da prova desse ano ser disputada na Arábia Saudita, um dos maiores produtores de petróleo e claro, seus derivados combustíveis.
A marca italiana Tacita, costuma fazer suas motos elétricas exclusivas, geralmente sob encomenda. Dessa vez vai encarar o Dakar, o maior rali do planeta. A equipe escolheu a Discanto como seu modelo principal, cujo design pode não ser o mais esteticamente agradável, mas, como diz o ditado, a verdadeira beleza está no interior. O objetivo da Tacita é testar suas máquinas nos ambientes mais extremos antes de disponibilizá-las ao público.
Tecnologia e Inovação
A equipe Tacita Formula Corsa competirá com duas motos e uma equipe completa de mecânicos e especialistas em eletrônica. A Discanto, de acordo com a Tacita, apresenta um novo quadro e um inovador balanceamento de baterias, com uma distribuição de peso reequilibrada. Com um peso de 180 kg, essas motos podem atingir uma velocidade máxima limitada a 150 km/h.
Para manter um ritmo competitivo digno do Dakar, a Tacita desenvolveu um sistema de troca de baterias, chamado de BATTERY SWAP, que permite a substituição por baterias carregadas em poucos minutos, aproveitando os intervalos concedidos durante a corrida para reabastecimento.
Curiosamente, a Tacita Discanto, assim como todos os modelos da empresa com sede em Turim, se destaca de outras motos elétricas pela presença de uma caixa mecânica de cinco marchas, refrigeração líquida para o motor, além de um sistema avançado de gerenciamento de bateria (BMS).
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Dakar Future – Mission 1000 – Sustentabilidade e Inovação
O desenvolvimento do projeto Dakar Future – Mission 1000 é um passo ousado do Dakar, que visa eliminar motos e qualquer outro veículo à combustão até 2030. O objetivo tornar o Dakar completamente sustentável até essa data.
Contrariamente ao que se poderia esperar, as motos elétricas não farão a prova completa junto com as demais fabricantes e competidores. Este protótipo serve como um teste específico para a categoria Dakar Future – Mission 1000, que contará apenas com veículos não carbonizados.
A equipe que levará a Tacita Discanto para o deserto da Arábia Saudita contará com os pilotos Oscar Polli e Sylvain Espinasse. Eles terão a oportunidade única de experimentar a área de corrida intitulada “NO NOISE”/“NO CO2” – um circuito que representa a visão futurista da categoria, caracterizado por ausência de barulho e emissões de CO2.
O circuito é alimentado pelo T-STATION, um projeto autossuficiente de energia móvel da fabricante TACITA. Este projeto inovador combina fontes de energia renovável como painéis solares e geradores eólicos, juntamente com o uso de hidrogênio, destaca-se como uma abordagem única no mundo das corridas.
Sobre o Rally Dakar 2024
A quinta edição do rali Dakar na Arábia Saudita está programada para ocorrer entre os dias 5 e 19 de janeiro de 2024, com início na histórica cidade de Al-Ula. O percurso abrangerá o país em direção ao Empty Quarter, culminando em Yanbu, às margens do Mar Vermelho.
Ao longo de 12 etapas distribuídas ao longo de 14 dias de corrida, competidores de diversas partes do mundo enfrentarão um desafio de 7.891 quilômetros, dos quais cerca de 5.000 serão trechos cronometrados, também conhecidos como especiais. A competição promete proporcionar momentos emocionantes e testar as habilidades dos participantes em diferentes tipos de terreno, contribuindo para a rica tradição do rali Dakar.
Este ano o Brasil não terá pilotos nas motos. A maior parte dos brasileiros irão competir nos UTVs.
O navegador Gustavo Gugelmin forma parceria com o norte-americano Austin Jones, pilotando um Can-Am Maverick pela equipe Red Bull Off-Road Team USA. Os atuais campeões do Sertões na categoria carros, Marcelo Gastaldi e Cadu Sachs, fazem sua estreia no Dakar com um UTV MCE-5. Além disso, Gunter Hinkelmann conduzirá o mesmo modelo, em dupla com Fabrício Bianchini.
O experiente Lourival Roldan, campeão do Dakar ao lado de Leandro Torres, assume a função de navegador para o piloto paraguaio Oscar Peralta, que compete com um Can-Am Maverick na categoria T3.
Cristiano Batista, vencedor de uma etapa em 2023 em seu ano de estreia, está de volta na categoria T4, agora em parceria com o português Fausto Mota, pilotando um Can-Am Maverick pela equipe South Racing / Transmáquinas. A dupla, que conquistou o bicampeonato da Copa do Mundo FIA de Rally Baja, busca mais sucessos no Dakar. Jorge Wagenfuhr e Humberto Ribeiro, conhecido como Piauí, também marcam presença na categoria. Rodrigo Varela, em dupla com Enio Bozzano, representa a Família da Poeira em um Can-Am Maverick.