Comemora-se em 27 de julho, no Brasil, o Dia do Motociclista. Profissionais que fazem das motocicletas seus instrumentos de ofício, os pilotos da equipe off-road da Honda Racing têm uma relação com as máquinas que vai muito além dos treinamentos e das competições.
A maioria deles utiliza motos no dia a dia, e as recordações de infância e laços familiares ligados ao universo do motociclismo estão fortemente presentes no imaginário e no cotidiano destes profissionais. Mais do que pilotos campeões, eles são, de fato, motociclistas.
Dos 11 pilotos da equipe off-road da Honda Racing, sete utilizam motocicletas frequentemente em seus deslocamentos. Os modelos Honda escolhidos por eles variam bastante. Alguns optam por altas cilindradas (CRF 1000L Africa Twin e CB 600 Hornet), enquanto outros preferem as motos mais compactas (Pop 100, Biz 150, Bros 150 e PCX 150).
“No dia a dia, eu só uso a motocicleta. Quando viajo para São Paulo ou faço as coisas na minha cidade, em São José dos Campos (SP), eu só ando de moto. Quando vou treinar, dirijo uma picape para poder levar a minha moto de competição. Então, normalmente eu estou muito mais em cima de uma moto do que dentro de um carro”, contou Jean Azevedo, piloto dez vezes campeão brasileiro de Rally Cross Country, que tem uma CRF 1000L Africa Twin e uma PCX 150.
Muitos pilotos da Honda Racing têm familiares que competiam em provas do motociclismo off-road. Hector Assunção, do Motocross, tem um irmão, Roosevelt Assunção, que também foi piloto oficial Honda e campeão brasileiro de Motocross.
Hector começou a competir com nove anos e, aos 12, já era campeão nacional na categoria 65cc. Ele totaliza seis títulos brasileiros na carreira, incluindo taças das classes 85cc e MX2, na qual é tricampeão.
“Quando era criança, eu ia para as corridas apenas para ficar brincando no box com as outras crianças, inclusive com motinhos de brinquedo”, relembra o piloto paulista. “Tínhamos um motorhome para ir para às corridas e viajamos o Brasil inteiro. Ia a família inteira, inclusive o cachorro. Essas viagens foram muito marcantes para mim.”
Lucas Dunka, também do Motocross, começou a andar de moto ainda mais cedo, aos três anos de idade – e, aos cinco, a competir. Jetro Salazar, da mesma modalidade, já competia aos quatro anos.
As lembranças mais antigas da infância de pilotos como Jean Azevedo e dos companheiros de equipe de Enduro FIM Gabriel “Tomate” Soares e Nicolás Rodriguez também remetem às motos. Ou melhor, às primeiras motos deles.
Rodriguez tem a primeira companheira guardada em seu quarto até hoje. Já Jean Azevedo conta com detalhes desta mais antiga lembrança de infância. “Eu ganhei minha primeira moto quando tinha cinco anos. Foi à noite e passei a madrugada toda em claro esperando amanhecer para poder andar nela”, revelou.
Alguns não desgrudam das motos nem mesmo nos momentos de lazer. Tunico Maciel, piloto de Enduro de Regularidade e de Rally Cross Country, Júlio “Bissinho” Zavatti, piloto de Rally Cross Country, e Júlio Ferreira, da equipe de Enduro FIM, aproveitam o tempo livre para…. andar de moto.
“Meu maior hobby é ir fazer uma trilha aos finais de semana com amigos”, afirma Bissinho. Tunico Maciel, por sua vez, abre um pouco o leque, mas não difere muito em sua resposta quando questionado sobre o que gosta de fazer no tempo livre. “Gosto de fazer churrasco com meus pais, gosto de passear com a namorada, gosto de ir na academia, gosto de andar de bicicleta e, claro, gosto de sair para andar de moto nas trilhas com meus amigos.”
Para estes pilotos, todo dia é dia do motociclista.
Reportagem: Mundo Press.