Folhapress
A regra foi publicada dia 9 de dezembro no Diário Oficial da União e visa dar mais seguranças aos motociclistas e reduzir o número de mortes causadas por acidentes.
Pela nova medida, motocicletas de com mais de 300 cilindradas – ou com potência igual ou superior a 22 kW, no caso das elétricas -, como a Honda CB 300 ou a até a Kawasaki Ninja 650, deverão ser equipadas, obrigatoriamente, com freios do sistema ABS.
Para os modelos de baixa cilindrada, como a Honda CG 150 ou a Yamaha Fazer 250, as fabricantes poderão optar pelo sistema CBS ou ABS. Estão dispensados do cumprimento da nova regra os modelos militares, as motocicletas de fabricação artesanal, as elétricas com potência de até 4Kw (que não ultrapassem a velocidade de 50 Km/h) e os modelos de uso exclusivo fora de estrada.
A mudança é progressiva e vale tanto para os modelos nacionais, quanto para os importados. Até 2019, todos os modelos já deverão estar adequados às novas regras.
Os sistemas
CBS (sigla em inglês para “Combined Braking System”). O sistema distribui o poder de frenagem das motocicletas entre as duas rodas, a partir de um sistema combinado entre elas. Em um levantamento feito pela MotoCheck-Up, promovido pela Abraciclo (associação dos fabricantes de motos, bicicletas e ciclomotores), 44,1% das motos avaliadas apresentaram problemas no freio traseiro por excesso de uso. Com a distribuição paritária dos sistemas de frenagem, este mau hábito dos motociclistas pode ser corrigido.
O sistema ABS é mais conhecido por estar presente em automóveis e mantêm as rodas em movimento durante uma frenagem brusca. Isso evita uma derrapagem e uma possível perda do controle do veículo. Nas motos, o sistema permite frear a moto sem que a roda traseira levante. No ano passado, o número de acidentes de trânsito caiu 10%. Foi a maior queda desde 1998 e os freios ABS podem ter contribuído para esta redução.
