Presentes nas motos Kawasaki, softwares que auxiliam na pilotagem e sistemas de processamento de dados aprimoram a performance e tornam as motocicletas mais eficientes.
O que há pouco tempo era chamado de tecnologia do futuro está disponível agora nas motocicletas Kawasaki. Alguns destes recursos tem nomes autoexplicativos, outros são representados por siglas que vamos destrinchar os significados e benefícios para a pilotagem a seguir.
Assim como os imensos PC’s deram lugar aos smartphones, a tecnologia tal qual conhecemos atualmente fez as centrais eletrônicas das motocicletas se tornaram seu grande diferencial, gerenciando desde a quantidade de combustível, até a inclinação das motos em curvas, tudo para adaptar seu comportamento e manter a trajetória ideal.
Em conjunto os dispositivos proporcionam conforto, segurança e a sensação de domínio dos pilotos para com suas máquinas. Dentre os modelos Kawasaki que saem de fábrica com todas ou grande parte destas tecnologias estão: Ninja 1000 Tourer, Ninja 1000, Ninja H2 SX SE, Ninja ZX-10R SE, Ninja ZX-10R, Ninja ZX-6R, Z900RS, Versys 1000 Grand Tourer, Versys 1000 e Z900 2021, incluindo os modelos off road, KX450, KX250.
KLCM (Kawasaki Launch control mode) O Modo de Controle de Largada Kawasaki, que pode soar familiar para quem acompanha as corridas do World Superbike, onde a equipe Kawasaki é Pentacampeã com o piloto Jonathan Rea. Ou ainda, no MXGP, o campeonato Mundial de Motocross onde os pilotos Romain Febvre e Clement Desalle representam a Kawasaki. Quando ativado de forma descomplicada através do joystick no punho esquerdo, mesmo com o “gás” todo aberto, o sistema responde com cortes na alimentação do motor evitando que a moto empine e o piloto perca o controle, dosando o ganho de velocidade e deslocamento com a estabilidade, resultando em saídas mais rápidas, na frente dos demais.
Power Mode – Com grandes potências os pilotos ganham grandes responsabilidades… desta forma, para auxiliar no gerenciamento de uso de toda esta força gerada pelos motores mais modernos já produzidos, um toque de eletrônica e ajustes que o piloto pode escolher como quem troca o canal da TV, de maneira fácil e intuitiva.
Na grande maioria dos modelos Kawasaki, estão disponíveis 2 mapas de potência: F (full) que libera 100% da força produzida pelo motor, podendo superar os 210cv em alguns modelos, e o L (low) que limita a aproximadamente 75% da potência, dentre os benefícios, a segurança e a economia de combustível. Mas há alguns modelos que recebem até 3 mapas diferentes e estes, quando combinados com outras funcionalidades existentes, permitem ajustes ainda mais finos para a escolha do piloto, de acordo com seu estilo de condução. O modo F (full) com 100% de potência, M (middle) em torno de 80% e atuação adaptativa (ao manter a manopla do acelerador até 50% aberta, prevalece o limite de 60% de potência equivalente ao mapa L, acima disso entra em ação o mapa que entrega 100% da usina de força), e por fim o modo L (low) que oferece diversão restrita a aproximadamente 60% da potência disponível no motor.
Presente em alguns modelos, o Modo ECO, que como o próprio nome indica, estabelece parâmetros de aceleração e potência que priorizam a economia de combustível.
KTRC (Kawasaki Traction Control) – Com o Controle de Tração Kawasaki não é preciso se assustar com nenhuma mudança nas condições de piso, basta selecionar nos botões junto da manopla esquerda, escolher um dos modos que aparecem no painel e desfrutar de mais uma das maravilhas invisíveis aos olhos, mas que todos podem sentir ao pilotar.
O sistema, que também é baseado nas tecnologias utilizadas nas competições, monitora diversos parâmetros em tempo real e utiliza informações como a velocidade das rodas dianteira e traseira, rotação do motor, posição do acelerador, entre outras, para adequar a força e torque despejados na roda. Com o KTRC ligado, ficam a disposição 3 modos selecionáveis, e os sensores atuam a cada 5 milissegundos comparando a rotação das rodas dianteira e traseira.
Para evitar a perda de controle e risco de acidentes com derrapagens indesejadas, no modo 3 a interferência do sistema na pilotagem tem seu nível máximo. Indicado para terrenos instáveis ou escorregadios, o sistema corrige aceleração e frenagem, mantendo a condição de aderência ideal e a segurança dos ocupantes.
No modo 2 o piloto dispõe de maior autonomia de decisão, mas ainda há interferências eletrônicas na pilotagem e no modo 1 o recurso se limita a pequenas interferências em uma zona mais crítica, somente quando necessário. E para os condutores mais ousados, é possível desligar o sistema e experimentar os limites da moto em toda sua pureza. Combinado com o Power Mode ou Controle de Entrega de Potência, os pilotos tem um aliado especial contra os sustos e efeitos da baixa aderência em situações específicas, contando com mais segurança e estabilidade em dias chuvosos, por exemplo.
Cruise Control – Pilotar por horas a fio pode ocasionar alguns desconfortos, principalmente ao manter trajetória e velocidade constantes em viagens longas. Com o Controle de Velocidade de Cruzeiro quem conduz uma Kawasaki que oferece o recurso pode optar por manter determinada velocidade e ficar com a mão direita livre. Por exemplo, ao trafegar por uma estrada sem curvas acentuadas onde é possível manter velocidade constante, ao invés de ter que segurar o punho do acelerador aberto, o piloto pode ativar a função Cruise Control e aliviar a tensão do braço direito. A parte eletrônica da motocicleta fará com que ela mantenha a velocidade, inclusive com pequenos ajustes em caso de trechos de subida ou descida, tudo visando o conforto do piloto. O sistema é desligado assim que é registrado um toque em algum dos freios ou outra tentativa de interferência feita pelo piloto.
Rideology the APP – Dos primeiros motores construídos para uma moto Kawasaki até a conexão e gerenciamento dos sistemas pelo smartphone, a evolução tecnológica e a busca por soluções inovadoras é o guia da marca desde 1950. Para ter acesso a esta experiência é preciso baixar e instalar a aplicação no seu smartphone e se conectar a motocicleta, sem a necessidade de cabos ou ferramentas.
Ative o Bluetooth para parear com o celular e obter acesso a diferentes informações, como: hodômetro, nível de combustível, agenda de manutenção, horímetro, inclinação máxima e outras. Podem acessar ainda, o GPS, marcha engatada e RPM. Também é possível alterar configurações de suporte eletrônico da moto, Ride Mode, KTRC, ajustar a suspensão eletrônica e outros ajustes de pilotagem, tudo direto pelo celular, de acordo com o modelo da motocicleta e a disponibilidade das funções.
Para viajar ou utilizar nos deslocamentos do dia a dia, quando conectados, o painel da moto mostra informações de chamadas e notificações de e-mails durante a pilotagem. Vale destacar que o App mantém um registro com inúmeros dados de condução, como médias de velocidade, de consumo e do trajeto via GPS, mas este não funciona em tempo real (não é um guia com direções), gera apenas um mapa 2D da rota para visualização posterior. Também mostra o local onde o App foi conectado pela última vez, indicando o ponto que a moto está em um mapa de ruas do Google, o que ajuda a lembrar onde estacionou, por exemplo.
Para aqueles que participam de Track Days, selecione um valor de RPM para a luz indicadora de troca de marchas piscar, o shift light, acesse dados sobre o circuito, distância e tempo percorridos, permitindo ao usuário comparar diferentes períodos de um mesmo trecho ou circuito. Acesse dados similares a telemetria das motos de competição, reveja no mapa as condições de velocidade, RPM e marcha, de acordo com o ponto do percurso em um gráfico de fácil leitura, além dos dados de aceleração, frenagem e até mesmo de força G, entre outros, para incrementar ainda mais os treinos e as conversas após um dia de pista.
IMU (Inertial Meadurement Unit ) – Com a adição de uma Unidade de Medição Inercial (Bosch), a tecnologia de gerenciamento eletrônico dá dois passos rumo a uma nova geração. Deixando os sistemas de “ajustes e reações” no passado ao evoluir para sistemas que dão retorno (feedback), entregando ainda mais níveis de prazer na pilotagem.
Presente nos modelos topo de linha da marca: Ninja H2 SX SE, Ninja ZX-10R, Versys 1000 Grand Tourer e Versys 1000, o programa de modelagem dinâmica da Kawasaki faz com habilidade o uso de fórmulas complexas e elaboradas à medida que examina as mudanças de múltiplos parâmetros, levando em conta até mesmo a mudança do tipo de pavimento e as condições dos pneus, deixando ainda mais precisa a orientação do chassi e com isso as respostas dos softwares da motocicleta.
Os sistemas de gerenciamento eletrônico da nova Kawasaki Ninja ZX-10R Special Edition, por exemplo, facilitam o controle para o piloto, que pode desfrutar da experiência de pilotar uma Superbike de alta potência no limite nas pistas. Tudo isso graças aos acelerômetros, giroscópios e sensores mecânicos que juntos formam o que há de mais espetacular em responsividade e leitura de dados, determinando com precisão o que acontece com a motocicleta.
Os giroscópios medem o pitch (inclinação para frente e para trás), leaning (o equivalente a deitar a moto para um dos lados) e o yaw (rotação no próprio eixo). Com base nestes dados de ângulos, força e sentido do deslocamento, a ECU da moto combina parâmetros e analisa a necessidade de interferência através de um dos programas disponíveis: controle de tração, gerenciamento de curvas, ABS, etc… esta tecnologia é a chave do sucesso deste sistema nas motos Kawasaki.
Por: VGCOM