A nova versão da Panigale V4 R 2026 chega como a evolução mais radical da superbike da Ducati, reafirmando sua vocação para entregar performance extrema em pista ou fora dela. O modelo recebeu melhorias no motor, avanços na eletrônica e ajustes na aerodinâmica. O preço? Bem, isso é um assunto para o final do artigo.
A proposta é oferecer aos pilotos (felizardos!) uma experiência próxima à de uma moto de competição, mas disponível para clientes que buscam o que há de mais avançado em engenharia sobre duas rodas.

Assim como nas gerações anteriores, a Ducati trabalhou em cada detalhe para aproximar ainda mais a Panigale V4 R 2026 do DNA das máquinas utilizadas no Mundial de Superbike.
O lançamento marca também um momento histórico para a Ducati: os 25 anos da primeira versão com o emblema “R”, a 996R, que revelou ao mundo o motor Testastretta e conquistou o título do Mundial de Superbike em 2001. Naquela época, a esportiva oferecia 135 cv. Hoje, a evolução é evidente — a Panigale V4 R 2026 entrega até 239 cv com kit de pista, superando em mais de 100 cv o modelo que abriu caminho para a linhagem.

Mesmo na configuração homologada para ruas, a moto impressiona: são 218 cv e velocidade máxima de 317,8 km/h. Com o escapamento Akrapovič opcional e óleo especial Shell Advance, projetado em parceria, a potência chega ao limite (segundo a marca) de 239 cv, com máxima de 330 km/h.
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Aerodinâmica herdada da MotoGP
Visualmente, a Panigale V4 R 2026 reforça o elo com as motos de MotoGP. As asas maiores na carenagem aumentam a força descendente em até 6 kg a 300 km/h, garantindo maior estabilidade em linha reta. Já a entrada Ram Air redesenhada, com borda inferior ampliada, acrescenta 1,3 cv em alta velocidade e melhora o fluxo de ar em frenagens intensas.

O chassi também foi revisado. O novo braço oscilante duplo é 37% menos rígido que o antigo monobraço, além de 3,27 kg mais leve. A estrutura trabalha em conjunto com suspensões Öhlins de competição e amortecedor de direção SD20, proporcionando ajustes finos e comportamento estável. O peso total da moto ficou em 186,5 kg.
Sobre o Câmbio Ducati Racing Gearbox
Uma das grandes estreias da Panigale V4 R 2026 é a Ducati Racing Gearbox (DRG). Diferente dos sistemas tradicionais, o ponto morto fica abaixo da primeira marcha, evitando engates acidentais. A mudança também suaviza a transição entre as duas primeiras relações, algo essencial em pilotagem esportiva.
No pacote eletrônico, a Ducati adicionou o Vehicle Observer, software que simula até 70 sensores, aprimorando o funcionamento de assistências como controle de tração, derrapagem, empinada, freio-motor e assistente de largada. A moto ainda traz ABS em curva, modos de potência configuráveis e o sistema Racing Brake Control, que distribui automaticamente parte da frenagem para a roda traseira em situações críticas.

O sistema de freios, fornecido pela Brembo, foi dimensionado para lidar com a potência extra do modelo, assegurando frenagens consistentes e progressivas mesmo sob condições extremas de uso em circuito.
Motor atualizado
O coração da Panigale V4 R 2026 continua sendo o motor Desmosedici Stradale R de 998 cm³, agora refinado para entregar potência superior e resposta mais linear. A Ducati implementou soluções inspiradas diretamente nos protótipos de corrida, como materiais mais leves e componentes internos revisados.

Para atender às normas Euro 5+ sem perder desempenho, a Ducati reposicionou injetores, desenvolveu pistões mais leves, bielas modificadas e árvores de cames redesenhadas. O resultado é uma entrega mais linear, com ganho médio de 4 cv em toda a faixa de rotação.
O torque agora é de 11,6 kgf.m a 12.000 rpm, com um acréscimo de 3% em relação à geração anterior. Uma das novidades é o uso de um virabrequim mais pesado, que melhora a tração e garante maior estabilidade na saída de curvas, sem comprometer a agilidade, graças ao funcionamento contra-rotativo.

Versão anterior: a mais cara do Brasil
O preço oficial para a Europa é de 44 mil euros, valor que na conversão direta do dia, gira em torno de R$ 275 mil. Apesar de ser uma versão numerada, a Ducati não informou nada a respeito de limite de produção.
Há 2 anos atrás, a Panigale V4 R 2023 chegou a ser oferecida no Brasil por R$ 690 mil reais. Isso lhe rendeu o título de moto mais cara do país, desbancando até então a Rush 1000 da MV Agusta, vendida por R$ 589.990.

Apenas dois exemplares da versão 2023 chegaram ao mercado nacional. A Ducati não deu maiores informações, se eles foram ou não vendidos. De todo jeito, caso essa nova versão chegue por aqui, podemos esperar dessa faixa de preço, para cima.
A Ducati Brasil não confirmou a vinda do modelo 2026, pelo menos até o momento.