A “Panigalina”, apelido dados pelos italianos ainda não tem preço definido no Brasil.
Famosa pelas suas motos esportivas, a Ducati anunciou um reforço para seu time de superbikes no Brasil: a nova 959 Panigale deverá chegar ao País em novembro. A menor esportiva da família Panigale traz o design inspirado na sua irmã maior, a 1299, e está equipada com motor de dois cilindros em “L” que produz 157 cv de potência máxima. A 959 Panigale, a exemplo de outros modelos da marca italiana, conta com uma boa dose de eletrônica embarcada: controle de tração, modos de pilotagem, acelerador eletrônico (ride-by-wire) e sistema de freios ABS. A “Panigalina”, apelido dados pelos italianos para a mini Panigale, usa o motor Superquadro, de dois cilindros em “L” e 955 cm³, que gera respeitosos 157 cv a 10.500 rpm de potência máxima e que 10,9 kgf.m a 9.000 rpm, de torque máximo. E o câmbio é de seis velocidades, com quick shift (DQS). Para conseguir este desempenho, o motor da 959 recebeu várias mudanças: teve seu virabrequim redesenhado, ganhou novas bielas, pistões, sistema de lubrificação e tampas dos cabeçotes em alumínio. Tudo para oferecer máximo de desempenho, reduzir peso e estar de acordo com as normas europeias de antipoluição. Normas que, aliás, obrigaram a Ducati a adotar uma solução estranha no escapamento. A ponteira dupla pode até seguir as regras antipoluição Euro 4 (equivalentes à segunda fase do Promot 4 em vigor no Brasil), mas acabou com a harmonia do design italiano.
Na parte ciclística, a nova superbike italiana usa quadro monocoque em alumínio. O chassi, espécie de espinha dorsal da moto é compacto, rígido e, ao mesmo tempo leve. Detalhe: a estrutura é derivada das motos que competem na MotoGP e foi desenvolvida em parceria com o piloto Valentino Rossi, que fez parte do time italiano entre 2011 e 2012. O quadro abraça o motor Superquadro e também recebe os conjuntos de suspensão e freios. Na dianteira, a 959 Panigale conta com suspensão invertida (upside-down) Showa com tubos de 43 mm, 120 mm de curso e é totalmente ajustável.
Para garantir um maior controle, a superbike italiana ganhou um eficiente amortecedor de direção. Para completar, discos duplos semiflutuantes, com pinça de fixação radial da grife Brembo e cáliper de quatros pistões. Diferentemente de sua irmã mais velha, a 959 não usa monobraço, mas sim balança tradicional em alumínio e monomartecedor com 130 mm de curso e múltiplas regulagens (Sachs). O sistema de freios traz disco simples, de 245 mm de diâmetro e cáliper de dois pistões. O sistema de freios ABS de última geração – Bosch ABS 9MP – está presente em ambas as rodas. Para completar, a Panigalina adotou rodas de liga leve de dez raios, calçadas com pneus Pirelli Diablo Rosso Corsa nas medidas: 120/70 ZR17 (D) e 180/60 ZR17 (T). A moto pesa 176 kg (a seco).
O pacote tecnológico da 959 é bastante completo. O cérebro eletrônico do modelo esportivo italiano faz todo o gerenciamento da tecnologia embarcada, principalmente quando os modos de pilotagem – Race, Sport e Wet (específico para piso molhado) – e o controle de tração com oito níveis de atuação – proveniente das motos de competição – atuam em conjunto para oferecer mais controle e segurança. Todas as mudanças eletrônicas da moto são bastante intuitivas e o piloto pode acompanhar todas as informações via painel de LCD, que fica protegido pela bolha. A nova superbike italiana desembarca no Brasil em novembro, porém o valor não foi divulgado pela Ducati do Brasil. Mas como a 1299 Panigale ABS 2016 tem preço sugerido de R$ 79.900, a 959 deverá chegar na casa de R$ 65.000 – apenas uma projeção não oficial.
Por Aldo Tizzani – Infomoto