Uma das cenas que vai marcar o Dakar 2024 é o da moto elétrica que se partiu ao meio enquanto atravessava as dunas da Arábia. O piloto que nasceu de novo tem nome: Francisco José Gómez Pallas.
A cena é realmente impactante: enquanto atravessava as dunas na Arábia Saudita, durante o Dakar 2024, a moto elétrica do piloto venezuelano Francisco José Gómez Pallas se parte ao meio e a queda chega a doer até em quem está assistindo.
O vídeo já foi assistido e compartilhado em várias redes sociais e viralizou principalmente no Instagram. O próprio Francisco compartilhou o momento do tombo (veja abaixo) em sua conta na rede social, explicando que doeu mais não poder completar a prova do que a queda. A moto se partiu na penúltima etapa.
“Ficamos sem moto a apenas 12 quilômetros da meta, uma imagem vale mais que 1000 palavras… Eu tinha alcançado os pilotos na frente, foram eles que me ajudaram depois e agradeço muito a eles. Fiquei apenas com uma fratura na costela, o resto está bem, a maior dor é não poder fazer amanhã os últimos 45 quilômetros para terminar o projeto (Dakar 2024)” – escreve em sua publicação.
Ver essa foto no Instagram
Quer Ficar por dentro do mundo Duas Rodas?
Entre para o nosso Grupo de Whats!
Como era moto elétrica que se partiu ao meio no Dakar 2024
Francisco esta competindo na nova modalidade Dakar Future – Mission 1000. Já falamos a respeito quando apresentamos a moto elétrica Tacita Discanto, uma das favoritas, e que completou o desafio.
O objetivo desse projeto é fazer com que todos os veículos que participem do Dakar até 2030, sejam elétricos ou utilizem energia alternativa, desde que não emitam gás carbônico.
A missão vai ser bastante difícil, pelo que pudemos perceber. Neste ano, as elétricas cumpriram um circuito específico, em média de 100 km por dia. Bem diferente do circuito original (combustão) de média de 480 km por dia. Segundo informação do próprio Dakar, os veículos elétricos ainda competem como protótipos.
A moto em que Pallas estava competindo era praticamente artesanal, criada e construída por seu amigo Joan Puig, durante 3 anos.
A equipe venezuelana adaptou uma bateria de aproximadamente 90 kg, responsável pelo motor elétrico. A estrutura da moto seria similar a de uma KTM, por exemplo, mas talvez o fator peso extra, tenha contribuído e muito para que a moto partisse ao meio.
Ficha técnica e potência da moto não foram divulgados. Neste momento o que fica para todos os competidores é mais um aprendizado. Para Francisco, além do aprendizado, a fama de ser “o piloto da moto que partiu ao meio”. Mas muito mais que isso, a gratidão e sorte de não ter entrado na lista das fatalidades da maior e mais difícil competição de rali do mundo.