A Índia não tem tradição em corridas de moto. Praticamente não ouvimos falar em pilotos indianos, seja na MotoGP ou World Superbike. E a explicação é simples: a grande maioria das motos que circulam no país, são de baixa cilindrada. Mas, tem uma empresa indiana que acredita em velocidade. E acredita tanto que investiu tanto em velocidade, quanto num protótipo com motor elétrico. Apresentamos a Ultraviolette F99, a moto elétrica que deverá ser a “flecha indiana” em 2023.
Índia, um dos maiores mercados de motos do mundo
Uma coisa é certa: o mercado indiano de motos continua sendo um dos maiores do mundo. A briga pelo primeiro posto acontece desde de 2017 com a China. De lá pra cá, aconteceram altos e baixos com a troca de lugar entre os dois países mais de uma vez. Atualmente o mercado indiano de motos é o segundo. Mas ainda assim, é um mercado muito grande, enorme!
Tanto é verdade que marcas indianas estão se tornando gigantes mundiais. É o caso da Bajaj que está chegando ao Brasil já mostrando seus principais modelos, além da Royal Enfield, que já foi um ícone inglês e agora se torna também uma grande marca indiana com motos pelo mundo inteiro.
Mas existe uma contradição em toda essa história. No último levantamento que tivemos acesso, de 2019, foram mais de 19 milhões de motos vendidas na Índia. Apesar de tanta moto, não temos sequer um piloto indiano que tenha feito fama em campeonatos mundiais de motovelocidade.
A explicação para fato, são basicamente de 2 fatores. Na Índia, como grande parte de países asiáticos em desenvolvimento, a grande maioria dos veículos ciclomotores, são de baixa cilindrada, práticos e preferencialmente, mais baratos.
O segundo fator diz respeito à parte prática. Segundo um levantamento da Red Bull, em toda a Índia, existem apenas 3 pistas de corrida que podem ser consideradas como padrão profissional. São 3 autódromos para atender cerca de 1,4 bilhão de pessoas do país!
Quer Ficar por dentro do mundo Duas Rodas?
Entre para o nosso Grupo de Whats!
Ultraviolette F99, a moto elétrica indiana que quebrou a barreira dos 200 km/h
A empresa indiana Ultraviolette está decidida a mudar um pouco a “velocidade” veículos em duas rodas da Índia.
Há alguns dias atrás a empresa apresentou na India Auto Expo 2023 – a maior feira automotiva da Índia, em Delhi – a Ultraviolette F99 Racing Platform. Uma moto elétrica, aparentemente feita apenas para corrida, que segundo a empresa chegou a quebrar a barreira dos 200 km/h.
Em dezembro de 2022, a empresa já havia apresentado um outro protótipo de moto elétrica esportiva. A Ultraviolette F77 também se trata de uma moto elétrica rápida, mas aparentemente tem o objetivo estar nas ruas.
Já a Ultraviolette F99, tem o objetivo de ser uma moto de corrida. O que não está claro é onde exatamente ela deve correr, já que no Campeonato Mundial de MotoE, a Ducati já está definida como a fornecedora única.
Comparado com o conceito F77, a Ultraviolette F99 tem características aerodinâmicas mais avançadas e extremas. Carenagem aerodinâmica, voltada para motos de corrida. Já o motor recebeu uma bela injeção de potência: produz o equivalente a 65 cv de potência, enquanto o F77, equivalente a cerca de 35 cv. Velocidade máxima atinge 200 km/h em comparação com 152 km/h da F77.
O sistema de freios é composto por dois discos simples, com uma pinça Bybre de quatro pistões, na roda da frente. Já os pneus -aparentemente – são Pirelli Diablo.
Em termos de desempenho, o co-fundador e CEO da Ultraviolette, Narayan Subramaniam, relatou que a F99 quebrou 4,5 segundos em aceleração de 0 a 100 km / h. Porém, nada oficialmente documentado.
O preço da F99 não foi revelado. Mas o da F77, em seu lançamento, foi anunciada em 550.000 rúpias indianas – equivalente hoje (janeiro de 2023) a R$ 34.700,00. Obviamente, não estamos contando impostos.