Rivalidade da vez: Ducati x Yamaha. As duas equipes vencedoras com seus pilotos dos últimos anos da MotoGP (a Ducati venceu por equipe também em 2021) apresentaram suas máquinas e pilotos para a etapa 2023. Poucas novidades em relação à Ducati, já que entrada de Enea Bastianini foi definida ainda durante 2022. Já a Yamaha continua com os pilotos de 2022, mas é visível algumas alterações na YZR-M1 2023.
MotoGP 2023: teremos uma continuação da briga entre Ducati X Yamaha?
O ano de 2022 foi sem dúvida um dos mais vitoriosos da história de competições da Ducati. Além da MotoGP com seu piloto também italiano, Francesco Bagnaia, a Ducati conseguiu o feito também em outro gigante campeonato de motovelocidade, o World Superbike. O título veio com o – até então desacreditado – piloto espanhol, Alvaro Bautista.
Isso mostra uma evolução grande da marca italiana nas competições de motovelocidade nos últimos anos. Apesar de toda a tradição da Ducati, as conquistas efetivas não foram tantas assim. Na MotoGP por exemplo, a Ducati tem 3 títulos como construtora e 2 com os pilotos Casey Stoner (2007) e Pecco Bagnaia no ano passado.
Já a Yamaha tem um histórico de conquistas na MotoGP que começou ainda nos anos 70 com Giacomo Agostini e Kenny Roberts. Passou por Wayne Rainey nos anos 90 e chegou aos anos 2000 com nada menos que Valentino Rossi.
Antes dessa grande evolução técnica da Ducati, a grande rival da Yamaha sempre foi a Honda. Com os problemas depois dos acidentes de Marc Márquez, esperava-se um caminho aberto para Fabio Quartararo. Para muitos, o melhor piloto da atualidade.
Mas o que se viu foi um trabalho evolutivo da Ducati como equipe. Isso, em conjunto com um bom piloto que é o Bagnaia, e juntando uma dose de sorte, tudo isso favoreceu a equipe italiana na conquista de 2023. Mas não se engane, houve muita competência tática e técnica da equipe. O título foi bastante merecido.
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Como chegam as esquipes Ducati e Yamaha para a temporada 2023 da MotoGP?
A rivalidade do momento Ducati x Yamaha faz com que as equipes se modernizem, invistam e busquem novos membros para o time. A Ducati fez isso. Trocou o piloto australiano Jack Miller pelo jovem e ousado italiano Enea Bastianini.
Bastianini chega da equipe Gresini Racing, uma equipe satélite da Ducati, que corria com um modelo 2021. Ainda assim Bastianini terminou o campeonato do ano passado em terceiro lugar. Chegou a deixar Bagnaia em segundo na etapa de Aragão, em uma disputa bastante acirrada entre eles.
Já a moto, Desmosedici GP, parece ter tido poucas alterações aparentes. Talvez a bolha tenha modificado um pouco. Mais arredondada. Os grafismos mudaram, mas isso também envolve a questão da troca de patrocinadores. O vermelho parece estar mais escuro.
A outra novidade é número. Bagnaia decidiu usar o numero 1 na moto, como campeão do ano anterior. Poucos pilotos optam por isso. O pilotos dizem que não dá muita sorte, mas enfim…
Francesco Bagnaia (#1, Ducati Lenovo Team)
“Minhas férias de inverno foram mais curtas do que de costume, devido a todos os compromissos que tive após a conquista do Campeonato Mundial, e agora estou com energia e vontade de começar a temporada. Senti falta da Desmosedici GP e da minha equipe e mal posso esperar para voltar à pista. Fiquei indeciso entre continuar usando o número 63 ou mudar para o número 1 e no final decidi pelo último. Vê-lo na moto é muito bonito e agora o meu objetivo será fazer de tudo para manter. Não vai ser fácil porque espero uma competição ainda mais dura do que no ano passado, com muitos rivais prontos para lutar pelo título: no entanto, estou ciente de que tenho a melhor moto e a melhor equipe comigo para poder apontar alto também em 2023. Mais uma vez obrigado a toda a Ducati e à minha equipa! Estou pronto para retomar nossa aventura juntos.”
Enea Bastianini (#23, Ducati Lenovo Team)
“Vestir as cores da equipe oficial é uma emoção muito grande e agora cabe a mim demonstrar que mereço essa oportunidade. Estou empolgado com a nova temporada e, felizmente, não precisarei esperar muito para poder testar minha Desmosedici GP vermelha na pista: em algumas semanas estaremos em Sepang para o primeiro teste do ano e será um momento muito importante para conhecer melhor o pessoal da equipe e, acima de tudo, começar trabalhando na moto. Será um ano muito competitivo e com certeza haverá momentos fáceis e outros mais difíceis, mas estou pronto para tudo! Obrigado novamente a Claudio, Gigi, Paolo, Davide e toda a Ducati! Darei 100% como sempre.”
A Yamaha fez algumas mudanças visíveis em sua YZR-M1 2023 para a nova temporada. Na frente vemos uma entrada de ar mais evidente que o modelo do ano passado. Existe também uma espécie de “proteção” no disco de freio. Ainda não sabemos se isso é algo que vai continuar ou é um acessório que foi colocado apenas para a apresentação.
Já em relação aos pilotos, a Yamaha resolveu não mexer no time. Apesar do ano de 2022 não ter sido bom para Franco Morbidelli, o “nostro Franco” segue na equipe japonesa em 2023, na companhia de ninguém menos que Fábio Quartararo, campeão em 2021.
Fábio Quartararo (#20, Monster Energy Yamaha MotoGP)
“Minhas férias de inverno não foram totalmente planejadas porque machuquei minha mão durante o treinamento de motocross. Mas eu continuei trabalhando sem parar. Fiz muito cardio para garantir que estou 100% apto para a temporada de 2023. Minha lesão na mão também está totalmente recuperada, então me sinto pronto para lutar pelo título novamente. Temos a nova pintura de camuflagem, que é uma boa mudança. Eu gosto do novo visual, e é bom mudar um pouco. Mas o mais importante, estou ansioso para começar a andar de novo. Estou muito curioso para testar a YZR-M1 2023 em Sepang. Vamos trabalhar duro nesta temporada, como sempre fazemos. Aprendemos muito em 2022 e agora só quero lutar pelo título novamente. Meus fãs têm me apoiado muito, me enviando muitas mensagens durante o inverno. Estou animado para vê-los nas pistas novamente nesta temporada. Nós vamos nos divertir!”
Franco Morbidelli (#21, Monster Energy Yamaha MotoGP)
“Estamos começando de novo hoje, com um novo visual. Tudo voltou ao zero e tudo é possível nesta temporada, então essa é uma perspectiva empolgante. Encerramos 2022 com um sentimento melhorado. Agora é importante fazermos um bom trabalho nos próximos testes de inverno, para estarmos prontos para começar a temporada em março com a primeira corrida em Portugal. Há um novo formato de corrida, que levará algum tempo para os pilotos e equipes se acostumarem, mas vejo isso como uma mudança positiva porque é algo que os fãs vão gostar. Quero agradecer aos fãs indonésios que vimos na reunião de revendedores de hoje por seu apoio. O entusiasmo deles nos deu um impulso e mal posso esperar para começar a temporada de 2023 da melhor maneira possível.”
Quando começa a MotoGP 2023?
A briga entre Ducati x Yamaha em busca do título de 2023, começa em Portimão, Portugal, no dia 26 de março. Serão 21 corridas e a grande novidade do Mundial de 2023 será a introdução de uma corrida de velocidade no sábado, além da tradicional corrida de domingo.
Até lá, façam suas apostas: Ducati ou Yamaha?